23 de jan. de 2007

SALTO URUGUAI 2007

SALTO URUGUAI 2007

MOTOCLUBE LOS QUIJOTES

Salto é a capital do Departamento (Estado) de Salto no Uruguai. Está localizada as margens do Rio Uruguai e faz fronteira com a Argentina a noroeste do País. Além de estar as margens do rio Uruguai, está entre os rios Daymán, Rio Arapey e lago de Salto Grande. É a segunda maior cidade do Uruguai perdendo apenas para a capital Montevidéu. Sua economia provém da agropecuária como todo País. É a capital da laranja do Uruguai, mas é conhecida por suas águas termais como as de Daymán que são extraídas de uma profundidade que já esta 2100 metros, segundo um funcionário do parque e chegam à superfície com uma temperatura de 46°c.

Neste paraíso aconteceu um encontro motociclístico de 19 a 21 de janeiro o qual, eu e a Manja participamos a convite do Felipe. Participaram também o Ademir (Miro), sua esposa Ieda, Eliseu e Gládis e claro o Felipe e a Rosane.

Como sempre, se fez a tradicional reunião para se combinar a programação de viagem: como horário de saída; itinerário; pontos de abastecimentos. No Uruguai existem distâncias relativamente grandes que não se tem apoio de postos de abastecimentos e algumas das motos não tem autonomia suficiente para atingi-las.

Reunião feita acertou-se que sairíamos dia 17 para desfrutarmos das termas. Como não podemos prever os imprevistos eles aconteceram. Dois dias antes Miro e Eliseu estavam em duvidas. Miro com problemas de freio em sua motocicleta e talvez não desse tempo para resolver e Eliseu com problemas de trabalho. Noite anterior à saída Miro estava confirmado, por tanto já éramos três motos. Dia e horário combinado e nos reunimos no ponto de partida e desta vez sim todos já sabiam que Eliseu não iria. Sofremos ali uma baixa que aborreceu a todos nós.

Nosso roteiro combinado foi de sairmos de Pelotas rumo a Bagé, Dom Pedrito, Livramento, Quarai, Artigas e Salto.

Pegamos à estrada e em nossa segunda abastecida, em Dom Pedrito, recebi uma ligação de Eliseu nos comunicando que ele e a Gládis já estavam na estrada e aí fizemos nossa primeira festa da viagem. Rapidamente o grupo decidiu que iríamos esperá-los em Quarai pois lá já estaríamos com uns quinhentos quilômetros de viagem, faríamos uma parada para almoço prolongada e seguiríamos viagem juntos. Tudo combinado. O grupo sai rumo a Livramento agora mais feliz, sabíamos que Eliseu e Gládis estavam também na estrada.

Chegamos a Quarai e antes de entrarmos no restaurante recebi novamente uma ligação de nosso Amigo nos liberando para que seguíssemos viagem, pois ele estava com problemas mecânico na moto em Bagé. Pronto, novamente água fria na fervura do grupo. Mas durante o almoço começamos a nos consolar porque o problema era com a moto e não com eles.

Havíamos deixado nossas motos estacionadas em um posto de gasolina que o Miro já conhecia. Chegando ao posto Miro cambiou reais e o Felipe me convidou para procurarmos uma casa de cambio. Após caminharmos um pouco achamos uma e também trocamos. Claro que em uma casa especializada seria diferente, pelo valor que cambiamos nada muito significante, apenas o suficiente para que o Felipe e eu incomodássemos o Miro no resto da viagem. Dizendo que como o Miro tem descendência daquela região o proprietário do posto era parente dele e iria compensá-lo no abastecimento.

Abastecimento feito, gasolina de reserva, partimos novamente agora já em território Uruguaio. Alguns quilômetros rodados e começou uma chuva fraca, mas, que no horizonte se desenhava bem forte. O pessoal resolveu fazer o reabastecimento enquanto ela fraca, pois se as previsões se concretizassem tudo ficaria mais difícil. O único que não acreditou nas previsões fui eu e por esta razão não quis colocar minha roupa de chuva, uso couro e faz necessário uma capa impermeável em caso de chuva. Alguns quilômetros mais, choveu forte, tive vontade de parar, mas como já tinha tido a oportunidade, em respeito ao grupo não quis atrasar a viagem, embora naquele momento estivéssemos andando devagar e seria fácil alcançá-los, mas, tenho certeza que todo grupo iria para e eu ficaria constrangido.

Chegamos a Salto e fomos direto procurar o amigo do Miro, o Rubem, organizador do evento. Rubem nos levou em um belíssimo hotel Los Cedros e lá fomos recebidos maravilhosamente pelos senhores Domingo Galli e Andrés Lucas, pessoas maravilhosas e educadas.

Já hospedados tomamos um belo banho e saímos para fazer um lanche e nos familiarizar com a cidade, embora sendo apenas no em torno do hotel.

No dia seguinte pela manhã saímos após um passeio em torno do hotel, fomos conhecer as termas de Daymán, um paraíso passamos o dia por lá e novamente voltamos para o hotel. Miro como já havia vindo antes e ido caminhar na cidade me deu a maravilhosa notícia que tinha visto o Eliseu na cidade. Eu logo corri para a portaria falei com o Senhor Domingos para reservar um apartamento para meu Amigo e Sr. Domingos me disse que tinha apenas um. Quando me dirigia ao quarto para pegar o celular e fazer contato com o Eliseu escutei o barulho inconfundível da Ténéré do Eliseu e para felicidade de todos ele estava estacionando. Não sei onde está o limite desse casal, se é na valente Ténéré ou com eles, sei que ambos são guerreiros de verdade. Esperamos eles tomarem um banho e fomos ao local do encontro, pois Miro havia feito contato com Rubem e este iria fazer uma janta para nós embora ainda não ter iniciado o encontro. Saímos da janta, fomos dormir.

Na sexta-feira o dia não foi diferente, apenas um passeio em torno do hotel e Parque de Daymán.

No sábado pela manhã fomos ao local do encontro que se localizava no jardim zoológico da cidade um local maravilhoso. Todos nós motociclistas do encontro fizemos uma visita a uma creche a fim de levar balas e chocolates e andar de moto com as crianças, mas, tenho certeza do que elas mais gostaram foi de dar uma voltinha de moto. Foi emocionante. Voltamos para o local do encontro e após o almoço fizemos um passeio no zoológico, por sinal me surpreendi com a variedade de animais. O pessoal teve até oportunidade de brincar com uns leõezinhos. Mas para mim, o ponto alto do sábado foi o encontro com o Senhor Arno da cidade de Sta. Maria-RS que faz parte do grupo ÁGUIAS DA BOCA DO MONTE. Senhor Arno ganhou por ocasião da viagem de sua esposa a Alemanha,ano que passou, um livro de um roteiro que por coincidência foi escrito pelo Normen um motociclista Alemão que esta dando a volta ao mundo e que eu tive o prazer de hospedá-lo. Fiquei no compromisso de passar o endereço eletrônico para que o Sr. Arno fazer contato com Normen.

Na noite de sábado aconteceu um baile ao qual não participamos por nosso pessoal estar cansado das águas e no domingo pela manhã iríamos viajar. O Miro e a Ieda participaram e foram homenageados com um lindo troféu, pois são muito bem quistos por lá, apesar de que não é só lá, em todos os encontros que participamos juntos eles são sempre bem vindos, principalmente no Uruguai, aponto de nós Amigos sentirmos orgulhos dessa amizade.

Domingo pela manhã levantamos sedo, tomamos café às sete horas, abastecemos e saímos desta vez rumo a Paysandú, Taquarenbó, Mello e Rio Branco. Paramos em Taquarembó para almoçar e lá encontramos uma família muito atenciosa almoçando com elas três meninos (as motos chamaram atenção da garotada) sei que o mais velho era o Mateus muito lindos e educados. Tiramos fotos juntos.

Após o almoço seguimos rumo a Mello e lá passamos no hotel Cerro Largo de propriedade do Sr.Julio para deixar uma foto que havíamos tirado por ocasião do encontro de Mello.

Rumamos para Rio Branco, após algumas compra e reabastecimento das motos seguimos viagem até a praça de pedágio da cidade de Pelotas onde nos despedimos. Eu e a Manja seguimos para Vila da Quinta nosso destino final.

Foram 1545 quilômetros maravilhosos e só nos resta agradecer a companhia de Felipe, Rosane, Ademir (Miro), Ieda, Eliseu e Gládis.